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quinta-feira, 1 de junho de 2017

Federação Paranaense de Surfe emite nota sobre a interrupção da primeira etapa do Circuito Paranaense de Longboard



A Federação Paranaense de Surf vem por meio deste comunicado esclarecer os fatos sobre a interrupção da primeira etapa do Circuito Paranaense de Longboard.

A FPS solicitou aos fotógrafos que estavam presentes ao evento as imagens da bateria corrente. O jornalista Vinicius Araujo, da Mágica Surf cedeu as imagens a seguir que ilustram esta publicação que demonstram o momento em que o atleta Matheus Prado notou a presença do animal, o qual NÃO aparece nas imagens. Também foram solicitadas imagens a outra pessoa que estava registrando o evento, mas infelizmente não houve colaboração por parte do mesmo para o devido esclarecimento técnico do fato.

A Federação Paranaense de Surf entrou em contato com biólogos e oceanógrafos do Centro de Estudos do Mar, da Universidade Federal do Paraná, para que esclarecessem a possibilidade da presença de um tubarão no Pico de Matinhos.

Devido à impossibilidade de apresentar imagens do suposto animal, os especialistas não poderiam afirmar se o mesmo se tratava de um tubarão ou algum cetáceo, mas confirmaram a ocorrência destes animais na região do Litoral do Paraná, mesmo em bancadas rasas como o local do evento. Os mesmos também concordaram que a interrupção do evento foi a decisão acertada, como já foi noticiado pela grande imprensa do Paraná.

Em relação ao evento, 4 atletas estavam na água para a final da categoria Sênior, e já havia passado 5 minutos desde o início da bateria, quando o longboarder matinhense Matheus Prado avistou um grande animal marinho na área de competição, o qual passava próximo ao longboarder Josimar Pita, de Balneário Camboriú . Matheus avisou os outros atletas, que por precaução saíram da área de competição após decisão conjunta.

Minutos depois, os 4 atletas já se preparavam para retornar à água para retomar a bateria, quando o presidente da Federação Paranaense de Surf, Luciano do Rosario, convocou todos os atletas para uma reunião, na qual todos foram informados sobre a responsabilidade legal da instituição com a segurança dos atletas. Nesta reunião, que também teve a participação de finalistas de outras categorias que ainda iriam entrar na água, a maioria votou pelo retorno das atividades no Pico de Matinhos (7 votos a 5).

Por se tratar de um evento amador, no qual a infra-estrutura é limitada, se comparado à ocasiões recentes da presença de animais marinhos em campeonatos mundiais de surf (WQS de Pichilemu (Chile) em 2016, durante a bateria da paranaense Nathalie Martins e final do WCT de Jeffreys Bay em 2015), a Federação deixou claro a todos que por não ter uma tecnologia apropriada para detectar ou afastar um animal marinho de grande porte, não poderia assumir a responsabilidade pela segurança e integridade física dos surfistas na água.

Mesmo com a decisão dos atletas, a Associação Paranaense de Longboard (APL), promotora do evento, decidiu por interromper as finais naquele momento, propondo finalizar as baterias restantes na próxima etapa do Circuito Paranaense de Longboard, prevista para julho. A decisão corajosa da APL, e subscrita pela Federação Paranaense de Surf diz respeito o bem-estar de cada um dos atletas, e também à imagem dos patrocinadores do evento.

A Federação Paranaense de Surf considera que este fato incomum em águas paranaenses foi um incidente isolado, e reforça a todos que no próximo fim de semana haverá a abertura do Circuito Paranaense de Surf PRO/AM, no mesmo Pico de Matinhos, onde mais de 100 atletas devem participar do evento. Esta instituição sempre irá zelar pela segurança dos atletas, e irá monitorar qualquer nova ocorrência durante a competição, a qual é passível de nova paralização. Uma vez que o oceano é território de diversas espécies, devemos respeitar a biodiversidade marinha, essencial para uma boa convivência entre elas e os praticantes do nosso esporte.

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