Ramiro liderou uma verdadeira invasão catarinense ao 30 Pés Pro/Am de Surf, no qual dos mais de 120 inscritos nas 10 categorias do evento, 22 atletas eram do estado vizinho. Uma verdadeira resposta, e reconhecimento, aos ótimos resultados dos atletas locais em Santa Catarina no ano passado quando vários paranaenses se destacaram por lá.
Desde a primeira fase Ramiro Rubim já vinha mostrando que ia dar trabalho, pois registrou o maior somatório entre os profissionais no sábado (13,40), e a maior notas do evento até então (7,50). Na manhã de domingo o representante do Campeche ainda aumentou seus números já na segunda fase, dominando sua bateria com nota 8,00 e 14,15 no somatório.
Apenas na semifinal o catarinense foi superado por um paranaense, quando Alessandro Puga deixou-o para trás em uma bateria disputadíssima entre eles e o local João Marcos Moura. É bom frisar que João Marcos foi o único a barrar Ramiro no ranking catarinense PRO/AM de 2016, quando o matinhense se sagrou campeão no estado vizinho. (Em compensação, Ramiro conquistou o ranking Open, nas etapas que não havia a categoria remunerada).
Outro paranaense que poderia ter barrado as performances de Ramiro Rubim era Victor Valentim, um dos surfistas que mais se destacaram desde a primeira fase e era apontado por muitos como o franco favorito à vitória. De certa forma, Vitinho foi o grande nome da final, tanto pelo rendimento, mas também por ter emplacado uma série de notas acima de 6,00, que o colocavam com as duas mãos no cheque de R$1500,00. Mas deixou escapar!
Ramiro Rubim demostrou em Matinhos porque é um dos principais nomes do Surf catarinense na atualidade
Victor havia aberto a bateria com um 6,00, e onda após onda mostrava que poderia surfar ainda mais, Ramiro respondeu com um 7,00, mas tinha uma nota de troca muito baixa, e não parecia estar encontrando uma nova onda para responder à altura. Vitinho continou esbanjando estilo, trocando sua segunda nota por 4 ondas seguidas. Na quarta onda, surfada com maestria, o surfista da Ilha do Mel se revoltou com a nota dada pelos árbitros, um 6,60 que o esticava na liderança, mas que para o atleta poderia ter sido ainda mais valorizada.
Surfando para os dois lados, e variando suas manobras de forma incrível, Victor Valentim era o virtual campeão até o último minuto da bateria, quando em um movimento mais forte para marcar Ramiro Rubim, acabou cometendo uma interferência que deixou toda a Praia Brava calada. A onda que o catarinense remava não aparentava ter potencial para a virada, e o nervosismo por parte do paranaense acabou atrapalhando seu foco e lhe custando a vitória. Bom para Ramiro, que voltou para Floripa com o bolso mais recheado!
Victor Valentim deu show em Matinhos e teve tudo para ganhar, mas acabou deixando o troféu de campeão ir embora
Outros destaques:
O principal destaque foi o número de atletas inscritos: 32 atletas na Profissional, sendo que ainda tinha gente de alternate na Praia Brava. Poderemos ter um evento só Profissional em breve no Paraná? Não é impossível!
A vitória de Ramiro Rubim foi a primeira de um atleta não-local desde o retorno do Circuito Paranaense de Surf, em 2014;
Alessandro Puga fechou 2016 com vitória e abriu 2017 como o melhor paranaense no ranking;
Apesar de ainda estar na Junior, Fábio Martins chegou para ficar de vez na categoria profissional: registrou a melhor onda (8,50), e os dois melhores somatórios de todo o evento (15,50 e 14,75);
Fabinho também foi o melhor entre os atletas locais, sendo o único matinhense na final;
Atual campeão paranaense, Péricles Dimitri caiu prematuramente nas quartas de final, e irá com tudo para as próximas etapas;
João Marcos Moura e Alex Lima, que também brigaram pelo título de 2016 pararam nas quartas de final, dividindo a 5ª posição no ranking.
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